1889: como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil
Edição juvenil ilustrada
GOMES, Laurentino – Editora GloboLivros
O livro 1889 – Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil, de autoria do jornalista e escritor paranaense Laurentino Gomes, acaba de ganhar uma nova edição voltada para o público jovem.
A nova edição juvenil ilustrada tem o objetivo de tornar ainda mais acessível para os jovens a compreensão de um dos períodos mais controversos da história do país. É um relato cativante que explica não só os acontecimentos que levaram à queda da monarquia, em 1889, mas também outros episódios importantes da história brasileira, como a Guerra do Paraguai e o movimento abolicionista.
No livro, que começa no lançamento do Manifesto Republicano de 1870 e vai até a posse do presidente Campos Salles, em 1898, Laurentino Gomes desmistifica o papel desempenhado por alguns dos principais nomes relacionados à mudança de regime político. Um exemplo é o do marechal Deodoro da Fonseca, um militar idoso e enfermo que, na manhã da Proclamação da República, se encontrava tão esgotado quanto o próprio imperador dom Pedro II. Segundo o autor, até as vésperas do golpe republicano, o marechal era monarquista e agiu movido mais pelo ressentimento contra o governo imperial do que por qualquer convicção ideológica. Por isso, relutou até onde pôde a promover a troca do regime, como exigiam as lideranças civis e os militares liderados pelo professor e tenente-coronel Benjamin Constant. Ao contrário do que reza a história oficial, o marechal em momento algum proclamou a República ao longo daquele dia 15 de novembro.
1889 foi resultado de três anos de pesquisas, nos quais o autor leu e consultou cerca de 150 outras obras de referência sobre o tema. Nesse período, morou um ano no campus da Pennnsylvia State University, conhecida como Penn State, situada na cidade de University Park, nos Estados Unidos. Durante sua temporada americana, visitou a famosa Biblioteca Oliveira Lima, centro de estudos brasileiros situado na Universidade Católica da América (CUA), em Washington, onde estão guardados mais de 40.000 documentos relacionados ao Império e aos primeiros anos da República. Também frequentou a Biblioteca do Congresso, na capital americana. Por fim, o autor visitou no Brasil os locais mais importantes dos acontecimentos relacionados à queda da Monarquia e à implantação do regime republicano, como os lugares frequentados pela corte de Pedro II no Rio de Janeiro e na cidade imperial de Petrópolis, na Serra Fluminense.
História do Brasil – Proclamação da República
A fênix islamista: o Estado Islâmico e a reconfiguração do Oriente Médio
NAPOLEONI, Loretta – Editora Bertrand do Brasil
A expert em terrorismo Loretta Napoleoni demonstra que, embora no quadro pintado pelos meios de comunicação ocidentais o Estado Islâmico figure como um grupo que não passa de um simples bando de assassinos num período de sorte, na verdade a organização está propondo um novo modelo de criação de Estados nacionais.
Empreendendo uma guerra de conquista tradicional com o objetivo de criar uma versão moderna do Califado, o Estado Islâmico se utiliza de moderna tecnologia para recrutar combatentes e levantar recursos financeiros enquanto mobiliza a população para a administração cotidiana do novo estado. Renascido das cinzas das fracassadas empreitadas jihadistas, o Estado Islâmico vem demonstrando uma profunda compreensão do funcionamento da política no Oriente Médio. Não se trata de mais uma rede terrorista, mas um inimigo implacável, antenado com a atual desordem mundial.
“Ignorar esses fatos é mais do que adotar uma atitude ilusória e superficial — é perigoso. O ditado ‘conheça seu inimigo’ continua a ser o mais importante a considerar no combate ao terrorismo”, alerta Napoleoni.
Ciências sociais – Estado Islâmico – Oriente médio
O mundinho e os bichinhos de jardim
BELLINGHAUSEN, Ingrid B.– Editora DCL
O mundinho é um planeta cheio de coisas para se descobrir! Se você é curioso e se interessa pelo meio ambiente, não perca esta aventura! ‘O Mundinho e Os Bichinhos de Jardim’ convida os pequenos leitores para um passeio pelos jardins.
Vamos explorar e conhecer melhor as pequenas criaturas que vivem ao nosso redor.
Conto – Letra bastão – Insetos
Editora Abril
Com mais de 4,5 mil definições e conceitos, o Almanaque Abril 2015 é a mais completa e confiável obra de referência sobre o Brasil e o Mundo. Tudo organizado de forma simples, objetiva e didática.
Atualidades – Almanaque
ANDERSEN, Hans Christian – Editora DCL
O rouxinol em cordel é um reconto da obra de Hans Christian Andersen, O Rouxinol do Imperador. Sua recriação para o cordel homenageia uma tradição literária com profunda contribuição para a formação da identidade brasileira.
Conto de fadas – Literatura de cordel
MELO, Regina Melo – Editora Paulinas
A traça desta história se dá ao luxo de não gostar de traçar papel. E assim, como uma “tra-ça-vai-com-as-outras, ela vai traçando, traçando. Até que um dia… nhac…nhac… hummmm! Um coração disparado? Uma cabeça fervilhando?
O que teria a traça traçado para encher-se de tanta graça?
De uma forma leve e graciosa, a autora desta história ressalta a importância da leitura para o nosso crescimento e nos convida a descobrir o prazer de ler.
Conto – Leitura
BOTELHO, Margarida – Editora Paulinas
E se um dia não houvesse livros novos para lermos? E já tivéssemos lido todos os nossos livros de trás para a frente, de baixo para cima e até de pernas para o ar? Como iríamos viver sem novas histórias, aventuras e heróis?
Diante da falta de livros para ler, os personagens desta história vão à procura de desvendar o mistério do sumiço dos livros e, ao descobrir como se produzem os livros, colocam a mão na massa e resolvem o dilema.
Conto – Leitura
Fico, o gato do rabo emplumado
RIBEIRO, Darcy – Editora Global
Fico, o Gato do Rabo Emplumado, escrito por Darcy Ribeiro e ilustrado por Luciano Tasso, conta a história de um gato danado de exibido. Na verdade, um tanto complexado.
A doidice é tanta que ele olha o rabinho à toa dele e vê, e mostra, e quer que todo mundo veja e admire naquele toquinho de rabo a tal cauda colorida. Convivendo com outros felinos no Largo da Gataria, sente no pelo os apuros de ser um bichano que se diz diferente dos demais.
Conto – Humor
CARRASCO, Walcyr – Editora Moderna
Neste livro, Walcyr Carrasco reconta algumas parábolas do Novo Testamento, por meio das quais Jesus costumava levar seus ensinamentos ao povo da Palestina, pregando a compaixão e a obediência e condenando a soberba e a hipocrisia.
Ao final de cada uma das narrativas, Walcyr Carrasco introduz um ou dois parágrafos que servem de moral da história, procurando esclarecer ao leitor o sentido do texto que acabou de ler.
Bíblia – Novo Testamento
MEIRELES, Cecília – Editora Global
Em Giroflê, Giroflá, Cecília Meireles devolve aos leitores a oportunidade de experimentar o elemento mágico que está sempre presente em nosso cotidiano. São oito contos repletos de fantasia, que nos remetem aos momentos singulares da infância, mesclando lembranças, imaginação e sonhos.
“A doçura de viver está nas jovens sorridentes que oscilam nos balanços embaixo das árvores: olhai para os seus longos vestidos flutuantes; para as suas tranças com fitas; para os seus olhos, rápidos como borboletas; para o seu riso encarnado […] E gritam de susto, quando vão muito longe, pelo ar… E o sol enrola fios dourados nos seus braços, e o vento mostra a borla de seda dos seus finos sapatos.
”A palavra Giroflê era utilizada como sinônimo de “cravo-da-índia”. Tocada pelo universo de encantamento da Índia, Cecília Meireles resgatou o uso que se fazia desse vocábulo, adotando-o no título deste livro. A poeta criou nesta obra narrativas que envolvem a evocação poética de jogos infantis, de lendas que marcaram época, como a história de Julieta, que acreditava no Saci-Pererê.
Giroflê, Giroflá é um livro para ser lido aproveitando cada instante, deixando a mente voar e rodar solta no ar, para que pouse livre e tranquila na pista de sonhos trilhada por Cecília Meireles.
Contos – Poesia
Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociedade brasileira
SCHWARCZ, Lilia Moritz – Editora Claroenigma
No Brasil, a questão do preconceito racial é tão complexa que parece desafiar a própria objetividade dos números. Em uma pesquisa realizada em 1988, 97% dos entrevistados afirmaram não serem racistas, mas 98% deles declararam conhecer alguém que fosse. E nem mesmo as análises mais biológicas, que apostam num DNA fixo para a nossa pele parecem resistir à ambiguidade das relações sociais brasileiras, já que, como se diz popularmente, “preto rico no Brasil é branco, assim como branco pobre é preto”.
Nesse contexto, a determinação da própria cor se torna critério tão subjetivo que em questionário recente do IBGE, pautado na autoavaliação, foram detectadas mais de uma centena de colorações diferentes de pele. Em “Nem preto nem branco, muito pelo contrário”, a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz revela um país marcado por um tipo de racismo muito peculiar – negado publicamente, praticado na intimidade.
Para isso, volta às origens de um Brasil recém-descoberto e apresenta ao leitor os primeiros relatos dos viajantes e as principais teorias a respeito dos “bárbaros gentis”, desse povo sem “F, sem L e sem R: sem fé, sem lei, sem rei”, teorias estas fundamentais para o leitor moderno entender a complexidade de uma nação miscigenada e com tantas nuances. Passando pelos modelos deterministas raciais de finais do XIX, pelas teorias de branqueamento do início do século XX, depois pelas ideias da mestiçagem dos anos 1930, ou de estudos que datam da década de 1950, que queriam usar o “caso brasileiro” como propaganda, pois acreditava-se que o Brasil seria um exemplo de democracia racial, a autora nos mostra que, por trás do mito da convivência pacífica e da exaltação da miscigenação como fator determinante para a construção da identidade nacional, na prática, a velha máxima do “quanto mais branco melhor” nunca foi totalmente deixada de lado.
Se por um lado a autora traça um panorama histórico, por outro joga luz sobre as sutilezas perversas do cotidiano. Seja na literatura, como no conto de fadas “A princesa negrina”, em que os pais desejam ver a sua filha negra transformada em garota branca, seja na boneca loira como modelo de beleza, é também nos detalhes que a ideia de uma nação destituída de preconceitos raciais cai por terra. Com um texto engenhoso e claro, este ensaio, mais do que propor análises conclusivas, convida o leitor para uma grande reflexão sobre a questão racial no país.
Ciências Sociais – Relações raciais
Solange Braga – Bibliotecária