Uma revolta planejada em Minas Gerais de 1789, considerada a primeira a propor a ideia de rompimento com Portugal, para construção de um país independente.
A Inconfidência Mineira localiza-se no contexto da grave crise do sistema colonial, enfrentada pelo Brasil ao final do século XVIII. Quem aqui vivia não tolerava mais a extorsão metropolitana, por meio de impostos, do pacto colonial e da proibição de uma produção manufatureira própria. A partir de 1750, pagar 1,5 tonelada de ouro puro para Portugal era simplesmente inviável.
Portanto, fazia todo sentido lançar a luta pela Liberdade – ainda que tardia! – Libertas quae sera tamen – hoje lema da bandeira do estado de Minas.
A enorme insatisfação com a exploração colonial foi o combustível necessário para que novos projetos para um país livre, com uma sociedade mais justa, fossem sonhados…
E hoje, qual o significado de Liberdade, para uma nação politicamente independente, sem os grilhões do sistema colonial desde 1822?
Retomemos o pensamento de Santo Agostinho: “Liberdade é fazer o que precisa ser feito”. Olhemos para o mundo e, especificamente, para nossa sociedade…
Hoje cresce de maneira assustadora a ausência do diálogo. Não falamos de uma conversa qualquer, afirmamos diálogo! A capacidade de ouvir meu semelhante (isso mesmo, meu semelhante, porque tão humano quanto eu e, nesse sentido, não existe o outro) despojado de minhas certezas, portanto aberto a repensar minha visão de mundo, a partir do que a mim foi apresentado. Ouvir implica humildade e o exercício da compaixão.
Na ausência do diálogo, crescem todas as formas de violência, pois perdemos também a condição da compaixão, da escuta… difundem-se preconceitos e várias formas de negação do respeito.
Cuidemos! Tomemos em nossas mãos a liberdade de Santo Agostinho! Façamos o que precisa ser feito. Lutemos pelos nossos espaços de escuta, de troca de saberes e conhecimentos, de convivência humana! Lutemos para viabilizar a vida!