Surrealismo A Estética do Sonho – 8º ano EF

“Se pelo surrealismo rejeitamos a idéia de que só São possíveis as coisas que existem, se declaramos por um caminho que existe, chega-se àquilo que não existia; se não temos medo de insurgir-nos contra a Lógica; se não juramos que um ato executado em sonho é menos importante que um executado em estado de vigília; se não estamos certos de que um dia já não existirá o ‘tempo’ (…): COMO querem que manifestemos qualquer forma de carinho ou tolerância em relação a algum aparelho de conservação social, seja ele qual for?”

(Manifesto Surrealista)

O Surrealismo foi um movimento da literatura e das artes plásticas que começou em Paris nos anos 20, sob a liderança do escritor André Breton (1896-1966), que escreveu o “Manifesto Surrealista”. Reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo e fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa.

Para os surrealistas, a obra de arte não resulta de pensamentos racionais e lógicos do artista; ela é, isto sim, resultado de pensamentos absurdos e ilógicos, como a imagem dos sonhos. Mesmo quando a obra surrealista representa aspectos da realidade, elesestãoassociados a elementos inexistentes na natureza, criando conjuntos irreais.

Além de Dinâmicas para estimular os pensamentos ilógicos, como criar históriase desenhos de intervenção em grupo, conhececemos o trabalho de artistas como Salvador Dali e Octavio Ocampo que, com extrema habilidade para o desenho, desafiam nosso olhar, brincando com nossa percepção ao mostrar que a realidade pode ser ambígua de fato.

A crianças final dos alunos, montagens com imagens de jornal e revista, foi reflexo do espírito bem humorado que o grupo do 8ºano possui. Entre as composições fantásticas tivemos resultados engajados que criticam e ironizam situações do momento atual.

“Digamo-lo claramente de uma vez por todas: o maravilhoso é sempre belo; qualquer tipo de maravilhoso é belo (…) Desde cedo as crianças São apartadas do maravilhoso, de modo que, quando crescem, já não possuem uma virgindade de espírito que lhes permita sentir extremo prazer na leitura de um conto infantil.”

(Manifesto Surrealista)

Cristiane Lima
Professora Eventual de Artes