Padre Mariano de la Mata Aparicio nasceu aos 31 de dezembro de 1905 em Barrio de la Puebla, Palencia (Espanha). Respondendo ao chamado de Deus ingressou na Ordem de Santo Agostinho no dia 10 de setembro de 1922, no convento dos agostinianos de Valladolid, onde seus três irmãos mais velhos já estavam. Aos 25 de julho de 1930 foi ordenado sacerdote.
Destinado ao Brasil, chegou no dia 21 de agosto de 1931. Foi no Brasil onde desenvolveu suas atividades. Como professor do Colégio Santo Agostinho, apenas fundado, e vigário da paróquia Santo Agostinho de São Paulo.
Em todas as suas atividades e serviços sempre deixou um vestígio de bondade. Dotado de um caráter amável atraia as pessoas. Verdadeiro mensageiro do amor sempre estava disposto para levar aos doentes o sacramento da Unção dos enfermos, o conforto de sua presença amiga e palavra portadora de esperança. Distribuindo santinhos de Nossa Senhora, doces e balas era a alegria das crianças e dos jovens que estudavam no CSA ou de quem frequentava a Igreja Santo Agostinho.
Homem de oração manifestava um grande amor á Eucaristia e á Nossa Senhora da Consolação. As “Oficinas de Santa Rita de Cássia” – equipes de senhoras que confeccionam, costuram e distribuem enxovais e roupas para os recém nascidos e pobres – eram sua grande paixão.
Morreu no dia cinco de abril de 1983 no Hospital do Câncer de São Paulo, após receber a unção dos enfermos, ministrada por Dom Paulo Evaristo Arns. A fama de santidade propagou-se logo após sua morte e principalmente quando um menino de seis anos, atropelado por um caminhão, no interior de São Paulo, com fraturas múltiplas no crânio, o globo ocular saltado e forte hemorragia no ouvido, recuperou-se após as orações e pedidos, feitos pelo Pe. Luis Miguel e alunos do Colégio São José de São José do Rio Preto (SP) invocando a intercessão do Pe. Mariano.
O processo de beatificação foi aberto no dia 31 de maio de 1987 pelo Senhor Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, após o comunicado da Chancelaria Vaticana, na Igreja Santo Agostinho. Aos 20 de novembro de 2004 o Santo Padre, João Paulo II, assinou, após ouvir os resultados da comissão dos cardeais e conhecer os resultados da votação dos mesmos, as virtudes heróicas do Pe. Mariano. Anteriormente a comissão de médicos tinha reconhecido a veracidade do milagre, atribuído á sua intercessão.
Ele foi beatificado em 05 de novembro de 2006. Em virtude disso, o “Dia do Beato Mariano” – sua memória litúrgica no Brasil – é comemorado todo dia 05 de novembro. O altar em sua honra encontra-se na Paróquia Santo Agostinho, onde estão guardados os seus restos mortais.
Frei Caio Márcio Moraes, OSA