Os alunos do 9º ano tiveram uma verdadeira “prova” na quinta-feira, 16 de junho. Talvez a mais inesperada e edificante de todas pelas quais já passaram: ficar cego! Por incrível que pareça, foi exatamente essa a experiência vivida por eles e por qualquer um que tenha visitado a exposição Diálogo no Escuro.
Quem pensaria como é para um cego a Monalisa, por exemplo? Diálogo no Escuro faz-nos vislumbrar como é viver no escuro, dormir e acordar sem luz. E a imersão nesse universo é para lá de enriquecedora e transformadora. As próprias palavras nos traem (como já deu para perceber), afinal, a principal intenção da mostra é alterar nosso ponto de vista, é nos colocar em condições tais que a faculdade de ver seja nula, tal qual um estado de cegueira.
Certamente é o tipo de experiência pela qual todo ser humano deveria passar. E os agostinianos do 9º ano puderam sentir na pele esse novo olhar – ah, as palavras… Se tanto buscamos nós professores tocar os nossos alunos, a experiência dessa quinta-feira mexeu com eles no melhor sentido possível.
Compartilhamos alguns depoimentos dos alunos e sugerimos que escutem de olhos fechados.
“Quando se pensa em ir a um espaço cultural, um museu, ou visitar uma mostra, uma exposição, seria surreal alguém cogitar fazê-lo de olhos vendados. É impossível que alguém celebre essa ideia. É impossível que alguém celebre essa ideia, se a visão é nosso sentido mais acurado. Em verdade, a maioria das pessoas não se dá conta de quão viciados somos no enxergar, quão dependentes. Ao mesmo tempo, alguém para para pensar que podemos ser deficientes olfativos? Deficientes táteis?”
Professores Andrea Gabriela e Paulo Roberto