[sws_blockquote_endquote align=”” cite=”Leonardo Boff” quotestyle=”style05″] Todo ponto de vista é a vista de um ponto Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita. [/sws_blockquote_endquote]
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a “compreender” o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo embora, muitas vezes, não nos damos conta.
A atividade de leitura faz parte da rotina das aulas de Língua Portuguesa no 4º ano. Ela é solicitada de diferentes maneiras: na lição de casa, nos textos do livro didático e na biblioteca do colégio e de classe de forma livre e contextualizada, através de projetos literários desenvolvidos ao longo do ano.
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamentos cognitivos da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos pré–conceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.
Claudia Brandão e Lara Bonfatti
Prof. de Língua Portuguesa do 4º ano